Tanto os empresários, quanto os trabalhadores, não têm idéia do impacto negativo das noites mal-dormidas sobre o desempenho das empresas. Isto se reflete na qualidade da produção ou do serviço apresentado, na produtividade e o que é mais dramático, no aumento do índice de acidentes de trabalho, que muitas vezes resultam em morte e incapacidade profissional. A desatenção ou a falta de concentração de um profissional, causadas por privação de sono, podem ocasionar prejuízos humanos e materiais inimagináveis.
As empresas brasileiras têm à frente, o importante desafio de combater os transtornos do sono nos profissionais que trabalham na indústria, na construção civil e com veículos diversos. Isto contribui, não só para o aumento da produtividade e da qualidade do serviço ou produto oferecido, mas principalmente para diminuir o risco de acidentes.
Mais de 10% dos trabalhadores sofrem de insônia crônica, um mal que aumenta em 700% o risco de acidentes do trabalho, segundo levantamento da National Sleep Fundation, entidade estadunidense congênere à FUNDASONO. Outro dado importante: aproximadamente 15% a 20% dos trabalhadores apresentam um ou mais transtornos de sono. Essa realidade também existe na Europa e, ao que tudo indica, acontece no Brasil. Ao todo, são 90 os transtornos já catalogados pela Academia Americana de Medicina do Sono.
O absenteísmo (falta ao trabalho) é 2,8 vezes maior em trabalhadores que sofrem de insônia, além de apresentarem redução da produtividade, mais cochilo nas folgas e maior tensão nas relações interpessoais. De modo geral, as insônias aumentam em sete vezes o risco de acidentes do trabalho e 2,5 vezes o de acidentes de trânsito. As insônias crônicas estão associadas a aumento de consultas médicas, hospitalizações e maior consumo de medicamentos.